Uma antiga expressão épica definia o sono como “aquele que dissolve os membros”, provavelmente porque o animal adormecido dava a impressão de estar morto, sem movimentos.
Hoje em dia, com o auxilio das mais recentes técnicas de neuroimagem, sabe-se que, embora o corpo do animal permaneça praticamente inerte, a sua atividade nervosa cerebral aumenta muito durante as diferentes fases do estado de sono, podendo alcançar uma intensidade equivalente a observada durante o estado de vigília.
O estado de sono, juntamente com a vigília e o sonho, é considerado um dos três diferentes estados de consciência dos homens.
A função onírica é o recurso encontrado pela natureza para a solução de desafios existenciais, como os encontrados pelos animais de sangue quente frente a situações ameaçadoras e/ou desconhecidas.
Nos sonhos, pretéritos desafios e suas decorrentes soluções, constituintes dos acervos de memórias filo e ontogenéticas, são confrontados e mesclados aos inéditos e ainda insolúveis desafios do tempo presente. Daí o seu caráter ilógico, confuso e freqüentemente incompreensível.
É neste sentido que, nesta ocasião, define-se o sonho como o guardião da memória de longo prazo e, conseqüentemente, da aprendizagem.
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