"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original" Albert Einstein



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Você sabia que para memorizar novas informações o melhor é dormir?


        De fato, vários processos cerebrais favoráveis à memorização ocorrem durante o sono. Eles acontecem, sobretudo durante a fase de “ondas lentas” do sono, pouco depois do adormecimento. Estudos comprovam que na noite posterior a aquisição de novos conhecimentos a atividade do hipocampo, estrutura cerebral relacionada à memorização, aumenta muito durante a fase de “ondas lentas”. Segundo a hipótese mais divulgada, esta intensa atividade corresponderia à transferência dos conhecimentos recém adquiridos, do hipocampo para outras regiões do cérebro aonde permaneceriam armazenados por longo tempo.
          A fase de sono paradoxal, durante a qual ocorrem os sonhos mais elaborados, também esta envolvida no processo de memorização. Estudos mostraram que as mesmas áreas cerebrais ativadas durante a aquisição de novos conhecimentos são reativadas na noite seguinte, durante o sono paradoxal. Assim, tanto a memorização como a aprendizagem de novos conhecimentos depende da repetição que se processa durante o estado de sono. 


Texto baseado nas informações veiculadas na revista “Les Dossiers de La Recherche” no 49 Hors-série. Juin 2012


Fonte: http://www.sonosmed.com/dormir-bem/dormirparamemorizareaprender

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Qual a origem de nossos fantásticos, bizarros e muitas vezes atemorizantes sonhos?

        Muitos são aqueles que, após uma noite repleta de sonhos transgressores, fantásticos e desestruturados, se questionam como estes foram parar em suas mentes. De onde brotaram as imagens noturnas que, muitas vezes, devido sua extrema audácia, envergonham, atemorizam e surpreendem os mais moralistas. Para a Neurofisiologia tais sonhos decorrem de alterações funcionais normais que acontecem no córtex cerebral. 
         A intensa comunicação neural que caracteriza o estado de vigília depende da função ativadora de um neurotransmissor, a acetilcolina e, a “normalização” de tal comunicação, da função inibitória da histamina, dopamina, noradrenalina e da serotonina. 
         Quando, após o adormecimento, entramos no estado sono lento ou sono NREM, a função ativadora da acetilcolina e inibidora da histamina, dopamina, noradrenalina e da serotonina, presentes durante o estado de vigília, tornam-se menos eficazes. Desta forma, com exceção do córtex visual e, em menor grau, do córtex auditivo, toda atividade neuronal cortical e a transmissão de mensagens sensoriais decresce.
          Já durante o sono paradoxal ou sono REM – quando acontecem os “verdadeiros” sonhos carregados de emoções e ricos em representações –, as descargas neuronais e a liberação de acetilcolina mantêm-se equivalentes às observadas durante o estado de vigília. Porém, ao contrário do que ocorre durante a vigília, durante o sono paradoxal ou REM, a maioria dos neurônios produtores de substâncias inibidoras pára de trabalhar, com exceção dos neurônios produtores de dopamina, cujo trabalho permanece à pleno vapor.
          Ora, a desativação dos neurônios inibidores deixa o córtex cerebral praticamente fora de controle, livre para estabelecer as comunicações inter neuronais que estão na origem das “alucinações” sensório-motoras, das imagens bizarras, da diminuição do senso critico, da instabilidade tempo espacial, da intensificação emocional e dos comportamentos instintivos. Somada ao aumento da irrigação sanguínea do Sistema Límbico, responsável pelas emoções, a desinibição cortical é, portanto a principal responsável pelos fantásticos, bizarros e, muitas vezes, atemorizantes conteúdos que permeiam nossos sonhos.